Você & eu
Prendam a colunista, por favor
Ainda estou consternada com as situações preconceituosas que são corriqueiras no meu dia a dia. Por mais que lute todos os dias para enfrentar essas circunstâncias, não me acostumo nem nunca me acostumarei com esses fatos lamentáveis, que tentam me destruir, violar meus direitos quanto cidadã e transexual, ferindo minha dignidade e honra. Esta semana, mais uma vez fui vítima da maldade humana. Meu coração está dilacerado, porém, ainda pulsa.
Não sabia que num país de preconceituosos, hipócritas e corruptos, ser autentica é crime. Se for, sou uma das maiores criminosas deste país, porque nunca abandonarei meus princípios por nada. Prendam-me, por favor ou matem-me. Mas a autenticidade é algo que está no meu DNA, correndo nas minhas veias, é algo latente, inerente a esta repórter, aos meus princípios como filha de Deus e oriunda de uma família humilde- que sempre primou pela verdade. Então, ninguém conseguirá tirá-la de mim.
Como diz Paulo Lima, “Nossa ignorância abissal gera preconceito, violência e sofrimento inadmissíveis". É profundamente deplorável ver atitudes tão asquerosas como essa, tão mesquinhas, em pleno século XXI permear nossa sociedade. Que triste. Triste sociedade. Não quero me fazer de coitadinha, em momento algum, mas sim, fazer da minha luta um exemplo a ser seguido por todos, que assim como eu, dia após dia, precisam recomeçar de novo para seguir em frente, porque a vida é um show que não pode parar.
Perdoar é minha forma de superar a discriminação. E o perdão é uma enorme virtude. Se você perdoa, está pronto para caminhar com os próprios passos e sem medo. Talvez por saber o que é ser discriminado, já tomei as dores alheias, de quem sofre preconceito.
Que Deus abençoe a todos!
Com todo coração, Dafnne Victoria
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